Política palmeirense volta a esquentar

Até o Mustafá, ao que parece, está se articulando...

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[size=38]Sabe a política palmeirense? Queda no Paulista faz ela voltar à tona[/size]

Muito bem controlado até o último domingo, o conturbado ambiente político do Palmeiras poderá voltar a ser protagonista no clube nas próximas semanas. A eliminação no Campeonato Paulista após a derrota por 1 a 0 para o Ituano "acordou" alguns conselheiros e diretores que estavam reclusos com a boa fase do time no Estadual. E, pela primeira vez no ano, isso pode incomodar o presidente Paulo Nobre.

O melhor exemplo para retratar como pouco mudou a essência da movimentação nos bastidores do clube é o comportamento do ex-diretor jurídico Piraci Oliveira. Segundos depois do apito final no último domingo, ele usou a sua conta no Twitter para pedir a demissão do diretor-executivo, José Carlos Brunoro, e também criticou o fato do atual presidente ter tirado dinheiro do bolso para ajudar a equipe a amenizar a crise financeira.

Mas ele não está sozinho. Mustafá Contursi, ex-presidente e membro da situação - pelo menos por enquanto -, também deve começar a disparar críticas contra Brunoro, com quem não era alinhado desde a passagem anterior do executivo pelo clube, durante a era Parmalat. Tudo por causa do salário do diretor-executivo, considerado muito alto por Contursi e seu grupo político.

O ex-presidente, aliás, é conhecido pela forte influência que exerce em cima dos conselheiros que compõem com ele. Nos próximos dias, não será estranho ver membros de sua ala política disparar contra os gastos com o futebol. Como já mostrou o Blog do Perrone, antes mesmo da eliminação já havia uma pressão no COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) para economizar. Vale lembrar que este órgão do clube é dominado pelo grupo de Contursi.

Mais do que crise na sua própria base, a oposição também deve aparecer com mais força do que tem feito até então, especialmente o grupo liderado por Wlademir Pescarmona, a UVB (União Verde e Branca). Essa ala já vinha estudando modos de como contestar os empréstimos no nome de Nobre e, na última semana, já havia distribuído comunicados criticando a relação da atual gestão com a torcida organizada. Na visão deles, os sócios-torcedores não podem ter tantos benefícios como atualmente têm.

No Palmeiras, é tradicional que derrotas e eliminações transformem os bastidores. Membros da atual gestão dizem, inclusive, que há conselheiros que torcem contra o próprio clube para que seu grupo político possa ganhar mais voz.

A conturbada vida política é uma das grandes preocupações de Nobre. Não à toa, ele sempre demonstrou muita atenção aos conselhos do COF. O atual presidente também se preocupou bastante em tentar conter o vazamento de informações e, para isso, conscientizou seus diretores de que as entrevistas deveriam ser evitadas. Atualmente, só ele e Brunoro falam oficialmente pelo Palmeiras. 

No último domingo, Nobre mostrou ciência de que uma crise política poderia fazer parte do cotidiano palmeirense. "Eu falei para o elenco que muita gente vai começar a questionar o trabalho deles, da comissão, da diretoria e do presidente. Mas a gente não pode jogar tudo no lixo. Se o grupo é unido, é essa a hora de mostrar", afirmou ele em coletiva de imprensa.

O Palmeiras joga na quarta-feira pela Copa do Brasil. Depois de vencer o Vilhena por 1 a 0 na partida de ida, a equipe poderá tentar calar os mais exaltados com uma grande vitória no Estádio do Pacaembu. Para isso, precisará superar seus desfalques. Wendel está fora. Valdivia e Bruno César dificilmente jogarão. Fernando Prass, Juninho, Wesley e Alan Kardec farão tratamento durante a semana.

Toca fogo nessa bosta põe esse brunoro essa bicha de presidente pra correr

Isso é desviar o foco. No Flamengo a politicagem também é desse jeito, mas lá os atletas e treinadores não amarelam que nem aqui.
Culpados pela derrota de ontem: treinador e jogadores. Somente.