Saída de Vilson do Palmeiras mostra saldo frustrante da venda de Barcos

Falar o que? É isso aí. UOL escancara a doação que fizemos ao gremio de luxa, no caso Barcos. Quero dar um crédito ao Paulo Nobre mas é difícil. Isso aqui foi uma lambança que nem tironão campeão + Mumu juntos fariam...

Que pena Palmeiras...


Saída de Vilson do Palmeiras mostra saldo frustrante da venda de Barcos



Mauricio Duarte
Do UOL, em Bambis
31/08/201

• Vilson comemora gol do Palmeiras contra o Atlético-PR pela Copa do Brasil
  

A saída de Vilson esvazia a tese apregoada pela diretoria do Palmeiras quando vendeu o atacante Barcos para o Grêmio, então maior ídolo da torcida alviverde. A justificativa dada na época pela diretoria do clube era de que precisava aumentar o número de atletas no elenco, além de sanar algumas dificuldades financeiras. Além de uma contrapartida em dinheiro, o clube recebeu quatro jogadores: o atacante Leandro, o volante Léo Gago, o meia Rondinelli e o zagueiro Vilson. Naquela ocasião, a diretoria considerou a vinda dos atletas como fundamental. Seis meses depois, o saldo disso é praticamente zero para o time do Palestra Itália: o dinheiro já foi gasto e os atletas estão saindo ou não são utilizados.

Dos atletas envolvidos na negociação, Vilson foi o que mais se encaixou na equipe e era homem de confiança do treinador Gilson Kleina. Titular ao lado de Henrique na zaga, desempenhava também a função de volante quando era necessário. Além disso, era o único do pacote que pertencia ao Palmeiras. Dos que restaram, apenas Leandro é titular. Porém, com um agravante: ele é emprestado, logo, não pertence ao time alviverde.

O volante Léo Gago teve uma grave lesão no tornozelo direito, passou por uma operação em maio e ainda se recupera. O meia Rondinelly, por sua vez, não é sequer relacionado por Gilson Kleina para a maior parte dos jogos. Contra o Ceará, neste sábado, ele está novamente ausente da lista de convocados.

Pelo lado financeiro, dos 7 milhões de euros envolvidos no negócio, foram para o caixa do clube paulista R$ 4 milhões. Cerca de R$ 1,3 milhão coube a Barcos como pagamento da dívida referente a direitos de imagem que o clube paulista tinha com ele. A LDU, clube anterior do argentino, recebeu R$ 1,5 milhão, valor que o Palmeiras ainda devia pela transferência de 2012. O restante correspondia ao valor de mercado dos atletas envolvidos pelo Grêmio no processo.

Diretor executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro não vê uma contradição entre o que foi dito no início do ano e o que de fato ficou com o clube. "Estou satisfeito, montamos este elenco no primeiro semestre. Quando assumimos, tínhamos um grupo de 18 jogadores e, em pouco tempo, tivemos de nos realinhar. Chegamos a Itu, na concentração, e eu disse que estava montando um grupo e que, rapidamente, transformaríamos este grupo em uma equipe", afirmou.

Vilson tinha contrato com o time alviverde até o dia 31 de dezembro e já poderia assinar um pré-contrato com qualquer outra equipe. Desde o acerto do Palmeiras com o zagueiro no dia 9 de fevereiro, o acordo era que, caso surgisse uma proposta da Europa até o dia 31 de agosto, o time liberaria o jogador mediante compensação financeira. O clube, no entanto, não revela quanto ganhou com a negociação.

Agora, para a posição defensiva o Palmeiras conta em seu elenco com Henrique, Tiago Alves, André Luiz, Thiago Martins, Wellington, Marcus Vinícius e Luiz Gustavo.

Na boa, essa negociação só teve o objetivo de não mais pagar o salário do Barcos.