Sobre o poder dos elencos em atrair novos torcedores.

Comecei a torcer pelo Palmeiras em 1982, por influência de colegas da rua.

Mas, acompanhar o time de fato, apenas em 1983.

Duas das lembranças daquele time foram os dois jogos com o urubu, que viria a ser o campeão daquele ano: 1 a 1 no Maracanã e 3 a 1 no Morumbi (isso mesmo, no Morumbi).

O time era formado por: João Marcos, Perivaldo, Márcio Alcântara, Luiz Pereira, Nenê, Rocha, Batista, Carlos Alberto Borges, Jorginho (fama de pé frio), Enéas e Baroninho.

Note que, mesmo a fila começando a se formar, contratavamos jogadores de renome para o nosso elenco: repatriamos o Luiz Pereira, trouxemos o Batista do Grêmio depois dele se destacar na marcação do Maradona na Copa de 1982, o Enéas foi um craque, apesar das turbulências da carreira, além do Jorginho ter jogado bem pelo clube. Havia perspectiva. Ou seja, mesmo na fila, o Palmeiras ainda conseguia atrair novos torcedores.

Em último caso, se esforçar para trazer bons jogadores ao elenco, além de ajuda para a reestruturação do clube, também significa atrair novos torcedores, que são os que garantirão, no futuro, a continuidade da grandeza do nome Palmeiras. Que a diretoria pense nisso quando for tomar suas decisões de investimento.

Isso é muito claro.

A aposta arriscadissima de Paulo Nobre de pagar conta de luz e salário de diretor gambá, abrindo mão, completamente de ganhar competições e de montar um time competitivo, esta pagando seu preço.

Se ainda soubessem contratar cara prego, para montar um "bom e barato", vá lá, mas trazem kleber bieber a 250 mil/mes provando que começam que não sabem contratar.

Depois doam os idolos trazendo um bando de perna de pau pro lugar.

Depois não trazem ninguem, nada, niente nem para a libertadores nem pra série B

Depois só aparecem na imprensa chorando e fazendo tlec tlec, sem dar esperanças a torcida, sem mostrar algum horizonte em que o Palmeiras se reerguerá, só deixando claro que não tem a minima idéia do que fazem.

Resultado? A torcida fez o que nem com mustafá fez. Abandonou e tocou um foda-se.

Como eu disse, Paulo Nobre será o responsável pelo fim de uma era no Palmeiras. Infelizmente, não a era que ele (acho) queria, e sim a era do verdão como time grande.

Pô Marcos, comecei 3 anos antes em 79 e você escreveu o que sempre digo, nos anos 80 a diretoria errava por ação e não por omissão, a contratação do Enéas que você citou como exemplo equivale hoje em dia a contratação do Pato pelos gambás, um cara tido como craque, com problemas físicos e mal adaptado na Europa, mas foi uma fortuna na época, uma negociação histórica de quem pensava grande, o Luis Henrique do Bahia anos depois foi a transação mais cara da futebol brasileiro, só pra citar dois exemplos.

O Palmeiras ficava na fila, mas havia um inconformismo da diretoria e a torcida renovava as esperanças todos os anos, hoje só esperamos pelo pior, pelo próximo vexame, pela próxima humilhação.

SUINO escreveu:Pô Marcos, comecei 3 anos antes em 79 e você escreveu o que sempre digo, nos anos 80 a diretoria errava por ação e não por omissão, a contratação do Enéas que você citou como exemplo equivale hoje em dia a contratação do Pato pelos gambás, um cara tido como craque, com problemas físicos e mal adaptado na Europa, mas foi uma fortuna na época, uma negociação histórica de quem pensava grande, o Luis Henrique do Bahia anos depois foi a transação mais cara da futebol brasileiro, só pra citar dois exemplos.

O Palmeiras ficava na fila, mas havia um inconformismo da diretoria e a torcida renovava as esperanças todos os anos, hoje só esperamos pelo pior, pelo próximo vexame, pela próxima humilhação.

Caro Suíno, pouco depois trouxemos o Eder, um dos craques da seleção de 1982, que foi um cara que nos deu uma grande alegria ao fazer um gol olímpico histórico na semifinal contra o gambá em 1986. Trouxemos também o Edmar. Mas existia um cara equivalente ao Bruno no gol do Palmeiras naquele (Martorelli, por sinal oriundi....) e perdemos a final pra Inter de Limeira começando a era das baixarias, mas como você falou, havia um incoformismo com aquela situação, pecava-se por desespero, não por omissão.

E foi por conta dessa postura que nossa torcida não definhou. A perspectiva de ser campeão a qualquer momento pois a torcida percebia um empenho da diretoria em trazer grandes jogadores para o time. Mesmo assim, a torcida invadiu a sala de troféus em uma dessas baixarias e deixou bem claro que só boa vontade não adiantava, ganhar um título era obrigação. Isso foi em 1990. Em 1991 a Parmalat chegou. Em 1993 saímos da fila. O resto da história todo mundo sabe.